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segunda-feira, 21 de março de 2011

Orientações Para Realizar o Projetos 2011

Aqui voce encontra o básico das orientações dos Projetos do Ensino Médio Realizado pela Eescola. Para ter todas orientações é necessário a apostila que foi elabarada.

INTRODUÇÃO

A Escola Estadual de Ensino Médio Dr.Roberto Löw na sua trajetória da ação educativa, tem procurado aprimorar o método de ensino em uma visão de diagnóstico, instigação e pesquisa tendo como base uma práxis embasada na busca do conhecimento científico para uma formação que capacite à intervenção em situações concretas de vida. Para tanto o Ensino Médio representa um espaço da construção e reconstrução do saber que proporcione aos educandos refletir, pensar, analisar, e procurar adquirir uma identidade própria na busca da formação para o trabalho, inserindo-se no contexto local ou que possa dar continuidade para enfrentar novas etapas do conhecimento. Marques (2000) afirma que é importante resistir “a imposição de um modelo de ensino meramente racional que forma sujeitos puramente técnicos” (p.101). Desta forma os conteúdos trabalhados nas mais complexas situações conforme as áreas do saber necessitam esclarecer e “realizam o sentido que lhes é próprio ao inserirem-se no universo amplo do que se ensina e aprende a partir do mundo da vida em seus processos de aprendizagens sociais” que são decorrentes e embasados nas tradições culturais e com uma visão de projeto de futuro.
A ação pedagógica do professor não pode ficar restrita a mera transmissão de conhecimentos. Para Marques (2000) ensinar não é repetir; é reconstruir as aprendizagens. “Trata-se de realizar a tradução dos conceitos reconhecidos no estado atual das ciências para o nível das práticas sociais contextualizadas e conjunturais” (p.118).” Nesta dimensão o acesso ao conhecimento abstrato é um mecanismo de apropriação que forma e encaminha para o enfrentamento de situações concretas dos sujeitos/atores. Para que isso ocorra e importante exercer o domínio de cada campo específico, trabalhando passo a passo com o rigor científico dos conhecimentos utilizando materiais e instrumentos de apropriação e capacitação no desenvolvimento de habilidades num processo constante de reconstrução segundo as exigências da proposta político-pedagógica escolar.
Nossa escola desenvolve uma prática pedagógica de diagnóstico e pesquisa que se inicia na Primeira Série do Ensino Médio dividida em focos. O foco determina a intencionalidade da construção do saber num processo permanente em forma de pesquisa e desenvolvimento de projeto orientado. Foram desenvolvidas sete etapas que são divididas por séries que serão explicitados posteriormente.
Existem várias formas que orientam a organização de um projeto. Com este documento não temos a pretensão de oferecer uma simples cartilha, mas de prestar uma orientação teórica e filosófica de acordo com o projeto político pedagógico de nossa escola. Parte de uma ação conjunta da equipe diretiva, e pedagógica, juntamente com os professores da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw no sentido de orientar e servir como subsídio a realização de pesquisa por parte dos educandos do Ensino Médio.
Esperamos assim, contribuir para que o processo de ensino, análise e pesquisa evolua na formação de educandos aptos a enfrentar situações adversas e futuras etapas do conhecimento.


1-ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DR. ROBERTO LÖW,
PERÍODO LETIVO BASE: ANO 2010

O Projeto regimental de Ensino Médio em desenvolvimento na Escola Dr. Roberto Löw, de Barro Preto, Nova Ramada, tem como princípio básico além de garantir o acesso, constituir um espaço para o processo de construção do conhecimento socialmente produzido. Procura envolver diferentes sujeitos, suas relações sociais e representações culturais, tendo em vista criar possibilidades para romper com o isolamento e exclusão social imposto pelo projeto de desenvolvimento vigente.
Os educadores desta escola juntamente com a comunidade escolar estão imbuídos de colocar em prática uma educação libertadora baseada na teoria de Paulo Freire, em uma concepção metodológica baseada na dialogicidade crítica que tem na pesquisa e diagnóstico da realidade o ponto de partida para a construção e apropriação do conhecimento e assim poder interagir e intervir para transformar a realidade. A concepção metodológica dialética tem a prática social como ponto de partida. Neste sentido este programa de educação parte da problemática concreta que um determinado grupo social e/ou os educandos vivem em seu contexto. Esta problemática não é homogênea nem estática. Está atravessada por contradições objetivas (trabalham sobre dados objetivos: objetos de materialização) e subjetivas (o interior de cada ser e a relação estabelecida-forma de expressão, linguagem, manifestações culturais e valores). “O método dialético vê as coisas em constante fluxo e transformação. Seu foco é, portanto, o processo. Dentro dele, o entendimento de que a sociedade constrói o homem e, ao mesmo tempo, é por ela construída” (VERGARA, 1997, p. 12 a 14).
Desta forma é estabelecido um olhar hermenêutico que é a busca da compreensão de significados, muito deles ocultos. Para esta compreensão exige-se a leitura do contexto. Diários, relatos do cotidiano, estudos de caso, observações, conteúdos de textos para análises etc. Nesta dinâmica o estudo do “problema” levantado não se processa de forma isolada. Ao contrário longe de isolar um fenômeno, estuda-o dentro de um contexto, que configura a totalidade, num constante relacionamento de forças que se contradizem, se repelem e se atraem. É a contradição que permite a superação de determinada situação, ou seja, a mudança. O conhecimento da realidade é a ponte ou a mediação estabelecida entre o sujeito e o objeto estudado na qual propiciará a formulação de novos conceitos (conhecimentos). Freire (1999) sugere a escolha investigativa do tema gerador , que interligado a totalidade permite ao homem se inserir de uma forma crítica de pensar o seu mundo. O tema gerador está presente na fala da comunidade, é o limite de compreensão que a comunidade possui de sua realidade. A captação do todo exige certa abstração, pois é algo que não consegue vislumbrar e isso será possível quando se identificarem pensamentos opostos que se dialetizam no ato de pensar Na análise de uma situação existencial concreta, “codificada ”, se verifica exatamente este movimento do pensar.

A descodificação da situação existencial provoca esta postura normal, que implica um partir abstratamente até o concreto; que implica uma ida das partes ao todo e uma volta deste às partes que implica um reconhecimento do sujeito no objeto (a situação existencial concreta) e do objeto como situação em que está o sujeito (FREIRE, 1999, p. 97).

No processo de busca da temática significativa deve estar presente a preocupação pela problematização dos próprios temas e suas vinculações com outros, pelo seu envolvimento histórico-cultural.
É neste sentido que a nossa Escola de Ensino Médio vem desencadeando o processo da Pesquisa Participante, para que o educando possa ser um pesquisador e não um mero receptor de informações que nada tem significado para sua vida. É com base dos resultados da pesquisa que os conteúdos escolares vão sendo adequados de acordo com as diferentes áreas do conhecimento. Os dados extraídos da comunidade através da investigação da temática geradora possibilitam não apenas compreender a realidade vivida como também a percepção que as pessoas têm de sua realidade.
Conhecer a sua própria realidade. Participar da produção deste conhecimento e tomar posse dele. Aprender a escrever a sua história de classe. Aprender a reescrever a História através de sua história. Ter no
agente que pesquisa uma espécie de gente que serve. Uma gente aliada, armada dos conhecimentos científicos que foram sempre negados ao povo, àqueles para quem a pesquisa participante – onde afinal pesquisadores-e-pesquisados são sujeitos de um mesmo trabalho comum, ainda que com situações e tarefas diferentes – pretende ser um instrumento a mais de reconquista popular (BRANDÃO, 1999, p. 11).

Estes pressupostos permitirão que o educando (pesquisador) através da observação da problemática levantada, construa suas hipóteses a partir de sua intuição e escolha um tema de pesquisa em forma de projeto que paulatinamente nos anos subseqüentes irá se materializando e no Terceiro ano possa ser apresentado para a banca de professores, incluindo sugestões e alternativas viáveis frente ao problema estudado.
O livro “Pedagogia do Oprimido” (cap. III) Paulo Freire propõe um conjunto de procedimentos tendo em vista buscar a investigação da realidade local. Primeiro: pesquisa da realidade, organização e análise dos dados levantados; Segundo: definição das falas significativas com a escolha do tema gerador; Terceiro: seleção dos conteúdos significativos e programação das áreas; Quarto: organização das atividades para a sala de aula. Este é o propósito e esperamos colocar em prática esta teoria tendo em vista melhorar a qualidade de ensino, na qual contamos com todos os agentes envolvidos neste processo.

1.1-Aprendendo e "ensinando" com projetos

A pedagogia de projetos deve permitir que o aluno aprenda-fazendo e reconheça a própria autoria naquilo que produz por meio de questões de investigação que lhe impulsionam a contextualizar conceitos já conhecidos e descobrir outros que emergem durante o desenvolvimento do projeto.
Nessa situação de aprendizagem, o aluno precisa selecionar informações significativas, tomar decisões, trabalhar em grupo, gerenciar confronto de idéias, enfim, desenvolver competências interpessoais para aprender de forma colaborativa com seus pares.
A mediação do professor é fundamental, pois, ao mesmo tempo em que o aluno precisa reconhecer sua própria autoria no projeto, ele também precisa sentir a presença do professor, que ouve, questiona e orienta, visando propiciar a construção de conhecimento do aluno. A mediação implica a criação de situações de aprendizagem que permitam ao aluno fazer regulações, uma vez que os conteúdos envolvidos no projeto precisam ser sistematizados para que os alunos possam formalizar os conhecimentos colocados em ação. O trabalho por projeto potencializa a integração de diferentes áreas de conhecimento, assim como a integração de várias mídias e recursos, os quais permitem ao aluno expressar seu pensamento por meio de diferentes linguagens e formas de representação. Do ponto de vista de aprendizagem no trabalho por projeto, Prado (2001) destaca a possibilidade de o aluno recontextualizar aquilo que aprendeu, bem como estabelecer relações significativas entre conhecimentos.
Nesse processo, o aluno pode ressignificar os conceitos e as estratégias utilizados na solução do problema de investigação que originou o projeto e, com isso, ampliar seu universo de aprendizagem.
Em se tratando dos conteúdos, a pedagogia de projetos é vista por seu caráter potencializador da interdisciplinaridade. Isto de fato pode ocorrer, pois o trabalho com projetos permite romper com as fronteiras disciplinares, favorecendo o estabelecimento de elos entre as diferentes áreas do conhecimento numa situação contextualizada da aprendizagem. No entanto, muitas vezes o professor atribui valor para as práticas interdisciplinares, e com isso passa a negar qualquer atividade disciplinar. Essa visão é equivocada, pois Fazenda (1994) enfatiza que a interdisciplinaridade se dá sem que haja perda da identidade das disciplinas.

O projeto rompe com as fronteiras disciplinares, tornando-as permeáveis na ação de articular diferentes áreas de conhecimento, mobilizadas na investigação de problemáticas e situações da realidade. Isso não significa abandonar as disciplinas, mas integrá-las no desenvolvimento das investigações, aprofundando-as verticalmente em sua própria identidade, ao mesmo tempo, que estabelecem articulações horizontais numa relação de reciprocidade entre elas, a qual tem como pano de fundo a unicidade do conhecimento em construção (ALMEIDA, 2002, p. 58).


O conhecimento específico – disciplinar – oferece ao aluno a possibilidade de reconhecer e compreender as particularidades de um determinado conteúdo, e o conhecimento integrado – interdisciplinar – dá-lhe a possibilidade de estabelecer relações significativas entre conhecimentos. Ambos se realimentam e um não existe sem outro.


1.2-Orientações para produção textual, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ano base adaptação: 2009

O presente texto tem o objetivo instruir de modo simples o processo de pesquisa bibliográfica a partir de um tema problema, seguindo algumas regras e técnicas de datilografia e/ou digitação das partes de um trabalho de pesquisa, conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ano base: 2009.

1.2.1-Capa:
1.1 - Nome da Instituição: (centralizado a 4 ou 5 cm da borda superior – em maiúsculas – fonte 14);
1.2 – Nome do autor/educando: (centralizado – em maiúsculas – pode ser usada a fonte 14);
1.3 – Título do trabalho: (centralizado – em maiúsculas – pode ser usado fonte 14);
1.4 – Orientadores: Centralizado – Fonte 12;
1.5 – Local: (cidade da Instituição onde deve ser apresentado o trabalho – fonte 12);
1.6 – Ano da entrega: (centralizado – fonte 12 – a 2 cm da borda inferior).
2– Folha com assinatura dos membros da Banca Examinadora (após aprovação e correção, disponível na Secretaria ou Laboratório de Informática).
3 – Dedicatória (opcional)
4 – Agradecimentos (opcional).
5 – Listas de Siglas (opcional)
6– Resumo: (não tem parágrafo, espaço simples – não ultrapassar 500 palavras ou no máximo 20 linhas). É uma espécie de texto de forma resumida de todo o trabalho de pesquisa desenvolvido. Deve ser realizado após a conclusão de todo o trabalho com apresentação de possíveis resultados – Escolher 5 palavras chaves do texto.
7– Resumen: (em espanhol – mesmas regras do resumo).
8– Sumário: (centralizado – fonte 12 – espaço entre linhas: 1,5 – 8 cm da borda superior - Obs.: pode usar nos títulos de seções os recursos de: negrito, itálico ou grifo redondo, caixa alta). Os títulos das partes são acompanhados dos respectivos números das páginas.
9– Introdução: È parte inicial, devendo constar a delimitação do assunto, objetivos da pesquisa, destacando a idéia central de cada capítulo e outros elementos necessários para situar o tema a ser trabalhado sem a pretensão de apresentar uma espécie de “receituário” para a resolução de um “problema” levantado. Fica a 8 cm da borda superior - nº da página ocultada.
1.2.2-Outras orientações importantes:

* Todas as folhas, a partir da capa devem ser contadas seqüencialmente, mas não numeradas;
* A numeração é colocada a partir da primeira folha textual, no canto superior direito da folha a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha;
* Cada início de um novo capítulo o nº da página deve ser ocultada e o título será destacado a 8 cm da borda superior e assim subseqüentemente;
* A margem esquerda e superior deve ser de 3 cm; e a direita e inferior 2 cm;
* Todo o texto deve ser digitado com espaço 1,5;
* Citação com mais de três linhas, notas, referências, legendas, devem ser digitadas em espaço simples e fonte 11;
* As referências devem ser separadas entre si por um espaço 1,5;
* Os títulos das seções e subseções devem ser separados do texto que os precede ou que os sucede por dois espaços de 1,5;
*O texto deve ser apresentado em papel branco e digitado na cor preta, no formato A4 – 21 x 27,9cm;
*Fonte Times New Roman ou Arial;
* Paginação deve ser situada na parte superior direita da folha;

1.3-Citações

O objetivo das citações por parte de um texto deve ser o de trazer para o mesmo a idéias, afirmações que corroborem, esclareçam e ilustrem as que estão sendo apresentadas, ou se contraponham a elas. É neste sentido e até por uma questão de honestidade intelectual que devemos nos referir e identificar as fontes de onde emanam as idéias presentes e que dão direção ao nosso texto.
As citações podem ser diretas ou indiretas e a forma de identificá-las é feita pelo sistema autor-data e página na qual foi extraída a fala.

1.3.1-Citação direta: Citação direta é a transcrição textual de parte da obra do autor, conservando-se a grafia, pontuação, uso de maiúscula e idioma.
Exemplo de citação no texto: Mesmo que o aspecto da eficiência econômica venha produzir a sustentabilidade das cooperativas, o foco social geralmente é escolhido como o principal em suas atividades (BIALOSKORSKI, 2002, p. 80).
Obs.: aqui também deve ser usado no final do trabalho a referência com o exemplo abaixo:
BIALOSKORSKI, Sigismundo. Estratégias e cooperativas agropecuárias: um ensaio analítico. In: BRAGA, Marcelo José; Brício dos Santos (Org.). Agronegócio cooperativo: reestruturação e estratégias. Viçosa: UFV, 2002. Cap. 3, p. 77-102.

1.3.2-Citação Indireta: Texto baseado na obra do autor consultado. Exemplo de como proceder numa citação indireta: Gohn (1999) destaca a existência de um novo cenário, fruto dos confrontos sociais que levam a inclusão de setores que anteriormente eram excluídos pelas desigualdades socioculturais, através da cor, etnia, sexo, etc.
Obs. Referencia utilizada no final do trabalho: GOHN, Maria. Educação não-formal e cultura política: impactos sobre o associativismo do terceiro setor. São Paulo: Cortez, 1999. 120 p. (Coleção Questões Da Nossa Época; v. 71).

1.3.3-Citação de até três linhas: Deve ser inserida no parágrafo, entre aspas duplas. Se o texto original já contiver aspas estas deverão ser substituídas por aspas simples.

Exemplo: “Paulo Freire parte do princípio de que vivemos em uma sociedade dividida em classes, na qual os privilegiados de uns impedem a maioria de usufruir os bens produzidos” (ARANHA, 1996, p. 207).

1.3.4-Citação com mais de três linhas: Esta deve aparecer em parágrafo distinto, a 4 cm da margem esquerda do texto. Deve ser apresentada sem aspas com a letra menor que a do texto, deixando-se espaços simples entre as linhas. A citação é digitada utilizando-se a fonte 11.

O movimento de libertação deve partir dos próprios oprimidos, cuja a pedagogia será ‘aquela que tem de ser forjada com ele e não para ele, enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade’. Trata-se de um trabalho de conscientização e de politização. Não basta que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, mas que se disponha a transformar essa realidade (ARANHA, 1996, p. 207).


OBS.: no final do trabalho deve ser usado a referências de onde foi retirada a citações a cima, que segui o exemplo abaixo:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2000. 255 p.

Quando desejar cortar partes do texto da citação pode optar pela simbologia [...] demonstrando que há uma seqüência na frase do texto.

1.3.5-Citação de citação: É a menção a um documento ao qual não se teve acesso, mas do qual se tomou conhecimento apenas por citação em outro trabalho. A indicação é feita pelo nome do autor original, seguida da expressão citado por ou apud e do nome da obra consultada. Somente o autor da obra consultada é mencionado nas referências bibliográficas.

Exemplo no texto: Brito e Spindel, citados por Abreu (1986, p. 101), introduzem com mais ênfase a variável gênero nas problemáticas analisadas.
OBS.: no final do trabalho usa-se referência, exemplo:
ABREU, Alice R. de Paiva. Processo de trabalho e ciências sociais: a contribuição do GT “processo de trabalho e reivindicações sociais”. In: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS. Ciências sociais hoje. São Paulo: Cortez. p. 80-113.

Quando se tratar de dados por informação verbal (palestras, debates, comunicações, etc...), deve-se indicar entre parênteses, a expressão informação verbal, mencionado-se os dados disponíveis, em nota de rodapé.

Observe o exemplo a seguir: O uso das fontes de informação é fundamental para a pesquisa na atualidade (informação verbal).

1.4-Notas de Rodapé: são as que aparecem ao pé das páginas em que são mencionadas, servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto para não sobrecarregá-lo. A numeração das notas é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para todo o capítulo ou parte.

1.4.1-Notas explicativas: notas usadas para comentários, esclarecimentos ou explanações que não possam ser incluídas no texto.
1.4.2-Notas de referência: são notas que indicam as fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra, podem ser referendadas de forma abreviada utilizando-se as seguintes expressões: cf. (conforme, confira etc.).
Obs.: a fonte utilizada para a nota de rodapé é 11.
1.5-Regras Gerais

Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser apresentados em seqüência padronizada. Quando se tratar de obras consultadas on-line é essencial as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão Disponível em e a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: opcionalmente acrescida dos dados referentes à hora, minutos e segundos.

Exemplo: DALLABRIDA, Valdir Roque. Novos Paradigmas para o desenvolvimento regional. GeoNotas: Departamento de Geografia-Universidade Estadual de Maringá. Trimestral-Vol.3,n. Jan/fev/mar/1999.Disponível em:, Acesso em 26 de outubro de 2003.

A pontuação deve ser uniforme para todas as referências bibliográficas.

Exemplo: FRANCO, Marcel Araújo. Ensaio sobre as tecnologias digitais da inteligência. Campinas, SP: Papirus, 1997. 11p.

1.6-Áreas da Referência Bibliográfica

1.6.1-Autoria (autor pessoal): A entrada é pelo ultimo sobrenome, em letra maiúscula, separada por vírgula, seguido do prenome. Exemplo: SILVEIRA, Alexandre.
Quando a obra tem até três autores mencionam-se todos na entrada, separados por ponto e vírgula, seguido de espaço.

Exemplo: GROSS, Jeffrey; FETTO, Joseph; ROSEN, Elaine. Exame musculoesquelético. Porto Alegre: ARTMED, 2000. 470 p.

Se há mais de três autores, indica-se apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão “et al”.

Exemplo: AUGUSTO, Ana Lúcia Pires et al. Terapia nutricional. São Paulo: Atheneu, 2002. 293 p.

Quando a obra tiver vários trabalhos e autores (coletâneas) à entrada deve ser feita pelo responsável intelectual (coordenador, organizador), seguida da abreviação, no singular, da palavra que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parênteses.
Exemplo: CHIAPPINI, Ligia; BRESCIANI, Maria Stella (Org.). Literatura e cultura no Brasil: identidades e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2002. 328 p.

1.6.2- Autor Entidade Coletiva: As obras de responsabilidade de entidades (órgãos governamentais, empresas, associações, congressos, seminários etc.) tem entrada pelo seu próprio nome, por extenso.

Exemplo: BAHIA. Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária. Bahia: cenários de uma agricultura. Salvador, 2001. 235 p.

Quando a entidade, vinculada a um órgão maior, tem uma denominação específica que a identifica, a entrada é feita diretamente pelo seu nome. Em caso de ambigüidade coloca-se, entre parênteses no final o nome da unidade geográfica a que pertence.

Exemplo: BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Jornais brasileiros em microforma. Rio de Janeiro, 1976. 31 p.

BIBLIOTECA NACIONAL (Portugal). O 24 de julho de 1833 e a guerra civil de 1829-1834. Lisboa, 1983. 95 p.

1.6.3- Autoria Desconhecida: A entrada é feita pelo titulo. Transcreva a primeira palavra do titulo em letras maiúsculas, sem considerar os artigos.
A CRIANÇA de 6 anos no ensino fundamental.

1.7-Ordenação das Referências Bibliográficas

OBS.: a ordenação das referências pode ser Alfabética(ordem alfabética de entrada), e Numérica(ordem de citação no texto).
Quando na ordenação das referências o nome do autor aparecer em várias obras sucessivamente, podem ser substituídas, nas referências seguintes a primeira, por um traço e ponto (equivale a seis espaços).
Além do nome do autor, o título de várias edições de um documento referenciado sucessivamente também pode ser substituído por um traço (equivale a seis espaços) nas referências seguintes a primeira.

Exemplo: FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. 149 p. (o Mundo hoje, v. 10).

______.______. 8. ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1987. 149 p. (o Mundo Hoje, v. 10).

______. Cartas à Guiné-Bissau: registros de uma experiência em processo. 4. ed. Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1984. 173 p. (o mundo hoje, v. 22).

1.8-Modelos de Referências(Teses, Monografias, Dissertações e Relatórios)

1.8.1-Produções não publicadas: AUTOR. Título. Ano de apresentação. Número total de páginas ou folhas. Tipo (Grau e área) – Nome do Centro, Instituto ou Departamento, Nome da Universidade por extenso, Local.

Exemplo: ROCHA, Éderson Couto da. O litisconsórcio necessário e facultativo e alguns de seus problemas. 2002. 62 f. Monografia (Graduação em Direito) - Departamento de estudos Jurídicos, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí.

1.8.2-Trabalho Apresentado em Evento: AUTOR(ES)do trabalho. Titulo do trabalho. In: TITULO DO EVENTO, numeração do evento (se houver), ano e local. Titulo do documento. Local: Editora, data. Paginação inicial e final da referenciada.

Exemplo: KNOPP, Ângela Monte. A sobrevivência das pequenas redes de varejo frente ao monopólio estabelecido pelas grandes redes. In: LABOPRATÓRIO DE PESQUISA DA UCPel, 8., 2000, Pelotas. Anais...Pelotas> UCPel, 2000. p. 77-78

1.8.3-Artigo de Revista: AUTOR. Título do artigo. Título da publicação, Local, vn., p., Data.

Exemplo: MARQUES, Mário Osório. Os professores e a dinâmica curricular da escola. Espaços da Escola, Ijuí, v. 4 n. 20, p. 27-33, abril/junho 1996

1.8.4-Artigo de Revista em meio Eletrônico: AUTOR(se houver). Titulo: subtítulo(se houver) do artigo. Titulo da publicação, local, ano e/ou volume, muneração do fascículo, paginação inicial, período e data. Disponível em..Acesso e: dia mês ano.

Exemplo: CRESPO, Regina Ainda. Cultura e política: José Vasconcelos e Alfonso Reyes no Brasil (1922-1938). Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 23, n.45, p. 187-208, jul. 2003. Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2004.

1.8.5-Artigos em Jornais: AUTOR DO ARTIGO. Título. Título do Jornal, Local, data. Seção ou parte do jornal, p.

Exemplo: LERINA, Roger. O eterno retorno de Iberê. Zero Hora. Porto Alegre, 14 dez. 2002. Artes Plásticas, Segundo Caderno, p. 4-5.

1.8.6-Artigo de Jornal em meio Eletrônico: AUTOR DO ARTIGO (se houver). Titulo: subtítulo (se houver) do artigo. Titulo do jornal, data de publicação. Disponível em: . Acesso em: dia mês ano.

Exemplo: CHAVES, Celso Loureiro. Modernistas. Zero Hora, [Porto alegre], 14 fev. 2004. Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2004.


2-PROPOSTA PARA CONSTRUÇÃO DE PROJETO A PARTIR DO DIAGNÓSTICO DA PESQUISA PARTICIPANTE


Não há uma regra comum para estabelecer as diretrizes de um projeto. Existem várias formas e sugestões propostas. O projeto a ser desenvolvido pelos educandos do Ensino Médio visa diagnosticar um “problema” da realidade local e regional através da pesquisa participante e suas ramificações. Após estudos desenvolvidos nos focos pelas diferentes áreas do conhecimento o educando vai construindo o seu projeto, primeiramente buscando um aprofundamento teórico sobre os assuntos estudados. Deverá paulatinamente com o acompanhamento dos professores ir formando as partes teóricas e práticas para quando chegar na terceira série poder ter claro o que pretende desenvolver e propor, levando-se em consideração toda a trajetória percorrida nas respectivas etapas anteriores do conhecimento.
Pretende-se desta forma que o educando exercite o método da pesquisa e produza os resultados através de um texto escrito para comunicar, divulgar os seus resultados. O objetivo é formar sujeitos investigadores capazes de construir o próprio conhecimento.

Pensar certo implica a existência de sujeitos que pensam. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar, todos realizam a experiência num objeto de estudo, não tornando o educando um mero assistente ou um paciente (FREIRE, 1999).


O objeto da pesquisa deve ser problematizado, investigado e no final apresenta-se as possíveis soluções. A exemplo do estudo científico esta criação textual segue uma regra que leve o educando a realizar uma pesquisa bibliográfica (documental-fontes escritas disponíveis) ou de pesquisa de campo (dados empíricos coletados na realidade).
Deve ser desenvolvida uma dissertação, expondo, reunindo, analisando e interpretando informações relativas a um tema específico, bem delimitado. Procura-se exercitar tendo em vista qualificar a redação com uma boa linguagem, clara, objetiva, direta, que responda às questões trabalhadas sem perder de vista a proposta político-pedagógica constante no regimento escolar de Ensino Médio.
Portanto, o objetivo é de realizar e seguir princípios que configuram o texto com clareza para ser entendido com pensamento claro e objetivo. As fontes devem ser identificadas de onde o conteúdo se originou desta forma a escrita fica qualificada e sustentada.

2.1-Orientação sobre os “olhares” na construção da pesquisa

Profª Drª Ruth Marilda Fricke/2003

Muitos e diversos são nossos possíveis olhares sobre os fatos, os fenômenos. Eles se revelam frente aos espaços da realidade que observamos, com isso podemos afirmar que existe uma tendenciosidade implícita no olhar investigativo. Estes olhares são variáveis, pois dependem de quem faz a observação, assumem uma diversidade só perceptível ante a sua aferição no confronto com o episódio avaliado.
Segundo Heráclito, o mesmo peixe nas águas de um rio pode assumir uma diversidade de identidades dependendo do olhar que observa. De quantas maneiras se podem observar um peixe? Ele é carne, é rival, é renda, é companheiro, é parte das águas, depende de quem olha de suas experiências, de sua intencionalidade. Sempre ainda será um peixe, enquanto as águas, pelas quais ele nada nunca será as mesmas, pois ocorrem em direção ao mar e para retornar como água se transformam se transmutam em muitas formas. Se você a percebeu num momento determinado, no instante seguinte ao recuperar a água desse rio, já não será mais a mesma ainda que continue a ser a água desse rio. Esta maleabilidade perpassa o olhar que se debruça sobre o peixe, pois interage com ele, transformando-o e transformando nossa percepção acerca das ações que se desenvolvem nesse meio. Para o filósofo grego somos um conjunto de explicações que reenquadram os seres e objetos na tentativa de facilitar a sua compreensão e conhecimento.
As múltiplas formas de exercer “o olhar do pesquisador” não se distinguem de maneira inequívoca, pois interagem na observação. No entanto, é possível assumir que determinados princípios predominam sobre os outros lhes atribuindo um caráter mais específico, particularmente.
1. As reflexões sobre os investigados são unilaterais e não interagem de forma a permitir uma ampla visão sem emissão de juízo de valor. A observação de fenômenos de forma não interativa leva o pesquisador a assumir um “olhar” externo, que tenta encontrar nas relações explícitas as razões de sua ocorrência. É importante que o pesquisador consiga multiplicar esse olhar, pois a riqueza das relações estabelecidas num fenômeno é tênua e demanda diversidade de olhares. Por outro lado, sua própria pesquisa referencial permitirá que a observação apreenda mais ângulos e detalhes despercebidos. Ainda assim, não interage com o investigado e deste modo tende a apresentar um viés e uma interpretação do fenômeno.
2. Nossa visão é seletiva e incapaz de transmitir com exatidão uma realidade a ser avaliada. Alguns se aproximam mais, outros se distanciam com dificuldades de se estabelecer, através dessa observação, um parecer clonado, isto é, o mais assemelhado possível. Muitos fenômenos trazem uma realidade implícita sob o apanhado explícito. Essas relações não vêm à tona com facilidade. É preciso refletir muito, tentando estabelecer razões muitas vezes inimagináveis para sua ocorrência. É possível reconhecer um descompasso entre o pesquisador e o investigado, pois as lógicas das ações são diferentes. Como absorver realidades que representam lógicas diferenciadas?
3. A nossa visão olha de forma a filtrar a compreensão, pois é precedida dos nossos conceitos e preconceitos. Na pesquisa partimos de uma hipótese relativa à relação entre variáveis. Interessa-nos compreender o significado dessas relações e, por isso, precisamos questionar sobre os porquês e em que circunstâncias essas relações ocorrem. A investigação deve servir como elemento de descoberta.
4. Por outro lado, uma pesquisa pode ser realizada de forma participativa e interveniente. O pesquisador interfere nos rumos do fenômeno, pois está intrinsecamente participante, ajuda a determinar os resultados.
5. Segundo Michel de Thiollent, a compreensão dos fenômenos passa por diversas e intrínsecas fases – ou seja, compreendemos os fenômenos pela codificação própria de nosso grupo carregada dos conceitos e paradigmas desse grupo. Compreendemos os fenômenos pelos nossos próprios meios de decodificação que passam pelas nossas experiências particulares que permeiam nossa forma de decodificar. E, ainda, utilizamos em parte as decodificações de nossos antagonistas que defendem paradigmas que seguem outra lógica que não a nossa. Nesse embate formamos nossa compreensão dos fenômenos que evolui com as mudanças que ocorrem nessas bases.
O pesquisador há de rever muitas vezes seu olhar sobre o fenômeno e concluirá que, a cada vez que se debruçar sobre o mesmo, mais relações extrairá. Muitas dessas observações serão antagônicas e revelam o grau de reflexão e as mutações ocorridas em seus referenciais. Dizem que são os paradigmas de referência que podem definir essas alterações. Estes, no entanto, estabelecem linhas de reflexões mais complexas e profundas que potencializam a análise.
Os fenômenos assumem, no entanto, vida própria independentemente do pesquisador e podem impor rumos diferenciados para as conclusões que não aquelas esperadas pelo pesquisador, da mesma forma que este cria espaços contraditórios em sua análise e muitas vezes independentes dos próprios fenômenos.
O que o pesquisador precisa ter em mente é que os referenciais não podem ser tão rígidos e imutáveis, mesmo intocáveis que não permitam observar relações novas e não pré-definidas. Por outro lado, a forma totalmente aleatória e sem disciplina de observação pode, justamente, levar a perda do novo que se esconde nos fenômenos.
Ler e reler repetidamente. Escrever e re-escrever repetidamente. Refletir exaustivamente. Deixar os conceitos e preconceitos esbarrarem em novas formas de percepção, permitirão um olhar mais qualificado dos fenômenos. Num certo momento, estabelecer que a “leitura” possível até aquele momento está na redação dada, não estanque e apenas o resultado de um exercício que sempre será um dos pilares para construções futuras.

2.2-Sugestões para Construir de um Projeto de Pesquisa

**Título do trabalho: identificado com a realidade pesquisada;
**Objetivo Geral (idéia do todo): dimensiona abrangência do trabalho e o desafio maior. Relaciona-se ao problema geral à que o trabalho deva dar respostas nas suas conclusões.
**Objetivos específicos (idéia das partes): são enunciações particulares do trabalho que darão origem às partes, capítulos, tópicos e outros desdobramentos do conteúdo do trabalho. Respondem as questões menores dentro da problemática maior do trabalho.
**Hipóteses (problematização): identifica a parte central do problema e suas implicâncias (é o foco central do tema desenvolvido). Na problematização direciona-se o caminho que o fluxo das idéias vai seguir: se do próximo para o afastado ou do distante para o próximo. Pode-se desta forma iniciar o estudo a partir de suas raízes, de sua história ou vice-versa. Elabora-se um problema geral que consiga dar conta da abrangência da temática/assunto como um todo; em seguida, elaboram-se problemas derivados do problema geral, que por sua vez darão origem a investigações particulares, para dar respostas mais específicas, dentro da temática geral do trabalho.
**Embasamento teórico (pressupostos): é a parte teórica que trata diretamente do assunto estudado. Destacam-se os autores ou autor base que ilustra a “fala” e a postura filosófica que desejo seguir. Buscam-se na literatura os fundamentos para a compreensão da temática sob investigação. Os professores devem assessorar os educandos na indicação da bibliografia. Portanto deve-se ter o cuidado em optar por autores que se contrapõem teoricamente.
**Metodologia da pesquisa: (especificar como vai ser desenvolvida a pesquisa). Quais os caminhos e práticas desenvolvidas, podendo indicar se a pesquisa é bibliográfica: material publicado, livros, artigos de periódicos e materiais disponibilizados na internet; pesquisa documental: como relatórios de diretorias, balanços patrimoniais, atas de reuniões, manuais de procedimentos etc; levantamento: elaborado a partir de interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer; estudo de caso: estudo de um caso que permite o seu conhecimento profundo e específico na qual ocorre restrições à generalizações dos resultados; pesquisa ação: quando realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Quem pesquisa está envolvido de modo cooperativo e participativo.

2.3-Instrumentos para a Coleta de Dados:

2.3.1-Observação: quando se utilizam os sentidos na obtenção de dados de determinados aspectos da realidade
*observação assistemática: não tem planejamento e controle previamente elaborado;
*observação sistemática: tem planejamento, realiza-se em condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos;
*observação não-participante: o pesquisador presencia o fato, mas não participa;
*observação individual: realizada por um pesquisador;
*observação em equipe: feita por um grupo de pessoas;
*observação na vida real: registro de casos à medida que ocorrem;
*observação em laboratório: onde tudo é controlado.

2.3.2-Entrevista: Forma de obter informações de um entrevistado, sobre determinado assunto ou problema. A entrevista pode ser:
*padronizada ou estruturada: roteiro previamente estabelecido;
*despadronizada ou não-padronizada: sem rigidez de roteiro;
*Questionário: é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. O questionário deve esclarecer o propósito de sua aplicação e importância da colaboração do informante. As perguntas do questionário podem ser: Abertas: Qual é a sua opinião? Fechadas: duas escolhas: sim ou não; de múltiplas escolhas: fechadas com uma série de respostas possíveis. As perguntas devem ser formuladas tendo como base o objetivo da pesquisa evitando perguntas complexas que não vão ser respondidas.

2.3.3-Formulário: É uma coleção de questões anotadas por um entrevistador numa situação face a face com a pessoa (informante). Deverá ter uma interação efetiva entre o entrevistador e o entrevistado. Para facilitar o processo de tabulação de dados por meio de suportes computacionais, as questões e suas respostas devem ser previamente codificadas.

2.4-Estrutura na Construção de um Texto Dissertativo

**Capa: Nome da Escola; nome do autor (educando); título do trabalho e subtítulo se tiver; local (cidade da escola) e ano da entrega.
**Sumário: Enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede, seguido de sua paginação.
**Dissertação: É um estudo científico recapitulativo, expondo, reunindo, analisando e interpretando informações relativas a um tema específico, bem delimitado de tal sorte que revele o domínio e a capacidade de explanação e sistematização do assunto em questão. abrange a introdução, desenvolvimento e conclusão, expondo com clareza e compreensão as idéias.
**Introdução: Primeira seção do texto. Define brevemente a delimitação do assunto a ser tratado, os objetivos do trabalho e as razões de sua elaboração. Deve levar o leitor à compreensão objetiva do assunto desenvolvido no corpo do trabalho, apresenta a idéia central, a problematização, a metodologia, pressupostos teóricos e a explicação resumida de cada capítulo do trabalho. A idéia geral do assunto situado na história, na teoria, no tempo e no espaço. A extensão da introdução deve ser proporcional ao todo do trabalho.
**Corpo do trabalho ou desenvolvimento: é o miolo, a essência, a substância, a parte mais importante do texto. Exige uma visão reflexiva e analítica, posicionamento crítico e clareza na argumentação, permitindo a compreensão das etapas da pesquisa.
As partes são desdobradas em segmentos e que vai constituindo o todo. Cada parte deve ser tratada em fases sucessivas harmoniosamente encadeadas numa seqüência lógica.
**Conclusão: Configura-se na apreciação sucinta ou comentário pessoal do educando (autor). Faz a síntese dos principais resultados da pesquisa, retomando o que foi anunciado na introdução e desenvolvido no corpo do trabalho. É o momento de fazer o fecho das idéias apresentadas no desenvolvimento e apresentar sugestões consideradas necessárias e recomendações cabíveis. Pode-se fazer a avaliação dos pontos fracos e controvertidos, da validade, da importância e da contribuição para novos questionamentos em torno da temática explorada. É o resultado das aprendizagens ocorridas.
**Pós-textual: Nesta parte do relatório, são incluídos todos os elementos complementares ao texto, abrangendo entre outros:
**Referências bibliográficas: Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento ao relatório do corpo do trabalho. Apresentam a base de suporte teórico utilizada na realização do estudo. Devem ser relacionadas de acordo com a ocorrência seqüencial das citações no texto ou alfabética ao final do trabalho;
**Anexos: (opcional). Texto ou documento que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos devem ser identificados através de letras maiúsculas consecutivas e seus respectivos títulos


3-ESCLARECIMENTOS QUANTO A SEQUENCIA DOS FOCOS NAS RESPECTIVAS SÉRIES E TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS

Neste capítulo prestaremos esclarecimentos de como se procederá o estudo dos sete focos diluídos nas três séries do Ensino Médio e que culminará com o desenvolvimento final de pesquisa apresentando uma alternativa de desenvolvimento e/ou uma sistematização de todo o processo percorridos nas duas séries com análise de um “problema” e a busca de alternativas possíveis para mudar uma situação considerada desfavorável.
.
3.1-Primeira Série Estudo de Três Focos

FOCO 1: Compreensão da Realidade do ponto de vista do desenvolvimento.
Neste momento realiza-se a Pesquisa Participante , que nada mais é uma forma de identificar e conhecer o que a comunidade escolar e/ou os educandos projetam o ensino na escola e sua idealização. A partir do resultado desta pesquisa cria-se o tema gerador razão pela qual as diferentes áreas do saber irão de forma interdisciplinar trabalhar os conteúdos. Portanto se faz necessário realizar o planejamento de atividades pedagógicas voltadas e demanda social de onde se vive.
Neste foco realiza-se o estudo do município de Nova Ramada no contexto regional, localização, pontos turísticos, potencialidades e uma análise critica para compreender a relação e o sentido que há entre crescimento econômico e desenvolvimento sustentável.



FOCO 2: Espaços de gestão (família, escola, comunidade entre outros) e relações de poder
Este foco é momento de realizar um estudo através do resgate histórico, constituição e análise familiar e comunitária, as organizações públicas e privadas, entidades civis e religiosas e suas políticas de intervenção social. É a oportunidade de conhecer o projeto da escola, sua proposta política pedagógica, seus mecanismos de funcionamento e gestão na relação com a comunidade e sua estrutura interna. Procura se conhecer neste contexto e realidade como se processam as relações de poder na comunidade, seus agentes públicos (governo municipal), escola, e os reflexos do sistema (capitalista) nas relações estabelecidas entre as pessoas, cargos e funções.
Obs.: Após estudos introdutórios realizados, cada 02 educandos deverão escolher o título de seu trabalho referente a estes focos estudados no 1º Trimestre/ 2010, podendo ajudar-se mutuamente. O prazo para a entrega desta pesquisa ocorrerá até o dia 15 de Julho 2010.
Darão maior atenção e acompanhamento a estes trabalhos os professores das áreas de Ciências Humanas (Hist. Geog. Sociologia e Filosofia) de Comunicação (Língua Portuguesa) e de Língua Espanhola.
3.1.1 - Sumário Sugestivo para Primeira Série, no Primeiro Semestre

INTRODUÇÃO
1-O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ESCOLAR E O DESENVOLVIMENTO LOCAL

1.1-A Filosofia da Escola
1.1.2-A Pesquisa Participante
1.1.3-Interdisciplinaridade
1.2-Embasamento Teórico
1.3-Sistema de Avaliação
1.4-Gestão Escolar (Lei de Gestão Democrática 10.576)
1.5-Nível da qualidade de Ensino
1.5.6-Alternativa de ensino apresentada pela escola
1.6-O nosso município
1.6.1-Pequeno histórico político administrativo
1.6.2-Aspectos geográficos físicos naturais
1.6.3-Potencialidades e produção
1.6.4-Pontos turísticos
1.6.5-População
1.7-Visão de desenvolvimento em nível de município
1.7.1-Desenvolvimento sustentável e crescimento econômico
1.7.2-Pontos polêmicos divergentes
1.8-Perspectivas para o município de Nova Ramada
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS
Apresentação em seminário do trabalho realizado, utilizando as tecnologias existentes ( Power Point, Produção e Vídeo).

3.1.2- Sugestão para Encaminhamento do Trabalho
1ª Folha constar:
- Capa com o nome da escola;
- Nome do educando;
- Título do trabalho;
- Nome dos professores orientadores;
- Localidade e ano.
2ª a folha constar:
Sumário com capítulos e seus subcapítulos numerados.
3ª folha:
Introdução constando na mesma: o tema do trabalho, local de onde foi realizado destaque da idéia central do trabalho (problema, foco central com objetivos).
O método da pesquisa: se foi realizada a partir de leituras de textos de sala de aula, livros, entrevistas, jornais etc.
As idéias resumidas de cada capítulo: (explicação de cada capítulo desenvolvido).
Destacar: na parte final de que este trabalho não tem por objetivo chegar à conclusão estabelecendo uma “verdade” e sim para aprofundar o conhecimento sobre determinado assunto.
4ª folha e outras
Corpo do trabalho ou desenvolvimento: É a parte central do trabalho (miolo). Deve-se argumentar relatar, destacar leituras e análises do tema em questão com objetividade e clareza. Percorre as etapas do trabalho proposta no sumário. Estas etapas são partes do todo. Devem ter uma seqüência com posição crítica e argumentativa para tornar clara a posição do autor.
Conclusão( em folha separada): parecer à apreciação resumida e clara com comentário do autor e síntese dos resultados obtidos fazendo um fecho das principais idéias. Pode-se fazer uma avaliação dos resultados. Os resultados não são definitivos, pois resultam de vários olhares e cada qual vê de acordo com o próprio ângulo da análise.
Referências bibliográficas(na ultima folha separada das demais): destacar as fontes bibliográficas pesquisadas. E as referências são alinhadas a margem esquerda do texto, em ordem alfabética ou numérica conforme ordem de citação no texto, em espaço simples e separado entre si por um espaço um e meio (1,5). O recurso tipográfico (negrito, grifo e itálico) utilizado para destacar o titulo deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento.
FOCO 3: Formação cultural da população e construção da identidade

Vivemos em uma sociedade que impõem padrões culturais e de consumo numa visão mercadológica. As elites globais que controlam o conhecimento científico, meios de produção e forças produtivas monopolizam o poder econômico e agem em rede numa visão global e que atingem diferentes pontos do planeta. Nova Ramada também sofre o reflexo das políticas globais.
Somos o resultado da evolução histórica da humanidade. Os valores culturais não se extinguem, transformam-se ou se modificam conforme o momento vivenciado. Portanto neste foco se faz necessário trazer presente a vida de nossos antepassados e suas contribuições. É realizado um estudo das raízes histórico-culturais em nosso país desde a origem da formação da sociedade brasileira e o processo imigratório até os dias atuais. Cada ser humano tem sua identificação e/ou identidade que não pode ser deixada de lado e assim constituir-se como agente político de intervenção no espaço em que vive projetando o futuro de novas gerações.

3.1.3- Sumário sugestivo para a primeira série: segundo semestre
Entrega até 05/11/2010.

1 A SOCIEDADE BRASILEIRA E NOSSAS RAÍZES HISTÓRICAS

1.1 A ocupação do território brasileiro
1.1.1 O processo de miscigenação e a formação da sociedade brasileira
1.1.2 As relações de poder e as diferenças raciais na formação cultural brasileira
1.1.3 A família e a educação na formação sócio-cultural da população brasileira
1.2 O processo de construção da cultura e identidade brasileira e gaúcha séc. XIX
1.2.1 A vinda dos imigrantes (alemães, italianos e outros povos ao Brasil;
1.2.1.1 Os alemães e italianos no Rio Grande do Sul;
1.2.1.2 Contribuições dos imigrantes na cultura sul-rio-grandense
1.2.1.3 A expansão migratória para o oeste gaúcho
1.3 Formações sócio cultural: local e regional:
1.3.1 A vinda dos imigrantes a região Noroeste Colonial;
1.3.2 A ocupação e formação cultural em Nova Ramada
1.3.3 A minha comunidade (localidade)
1.4 História de vida (antepassados)
1.4.1 Origem: descendência
1.4.1.1 Minha História de vida
1.4.2 Árvore Genealógica
1.4.3 Perspectiva
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS

Apresentação em seminário do trabalho realizado, utilizando as tecnologias existentes ( Power Point, Produção e Vídeo)

3.2-Segunda série: Estudo de dois focos

FOCO 4: Relação do ser humano com o conjunto da natureza e o processo produtivo numa perspectiva ética e humanista
Na segunda série do Ensino Médio é estudado como os processos produtivos causam transformações no conjunto da natureza. É analisado o desenvolvimento desencadeado pelas ações humanas e suas conseqüências ambientais e sociais. É oportunidade identificar, e conhecer situações ambientais resultantes de ações voltadas ao desenvolvimento econômico e sua confrontação com o desenvolvimento sustentável, numa perspectiva ética e humanística.
As áreas do saber oportunizarão estudos para análise político, econômica e social de como se procede à reconstrução do espaço físico em espaço social (produção agrícola industrial, urbanização, transgenia, desenvolvimento tecnológico, etc.). Proporciona-se estudo teórico de conhecimentos gerais de aspectos de ordem ambiental culminando com análise de um problema de ordem local, inserido no macrosistema e assim tomar consciência da situação e possíveis intervenções para amenizar a situação de degradação existente.

FOCO 5: Políticas públicas em vista da qualidade de vida

Estudam-se os diferentes Modos de Produção e a evolução político-econômica e social de acordo com cada estágio de desenvolvimento da humanidade. São realizados trabalhos de pesquisa para conhecer os processos que desencadearam a formação do Estado e a forma de organização hierárquica e o papel desenvolvido pelos órgãos de governo em suas diferentes esferas. Estudam-se os diferentes povos e nações e as políticas adotadas em benefício da qualidade de vida nos vários setores da atividade produtiva e também nas áreas da saúde, educação, desenvolvimento rural e urbano com projetos nas áreas sociais. Evidencia-se nesta reflexão uma análise problematizadora na relação de um planejamento estratégico de intervenção, com atividades de pesquisa e diagnóstico da situação enfrentada pela população e sugestões com a participação dos educandos juntos ao poder público municipal em vista a geração de trabalho e renda.

3.2.1 - Pontos de Analise para o Sumário: Segunda Série

Escolha de um tema: Análise de um fenômeno de ordem local a partir de estudos realizados nesta etapa.

1.1 – Problematização (ponto de análise)
1.1 – Pequena análise conjuntural do fenômeno
1.2 – Localização do fenômeno a nível local
1.3 – Influências na vida humana
1.4 – Relação com as iniciativas do poder público
1.5 – Outros desdobramentos

3.2.2-Sumário sugestivo para a segunda série

INTRODUÇÃO
1- REFLORESTAMENTO: UM ATO DE COSNCIÊNCIA AMBIENTAL
1.1 – Conceito
1.2 – Tipos de reflorestamento
1.3 – Espécies de vegetais
1.4 – Manejo
1.4.1- Nutrientes para o solo
1.4.2 – Adubação
1.4.3-. Espaçamento
1.4.4 - Irrigação
1.4.5 – Erosão
1.5 – Benefícios
1.5.1 - A influência na produção florestal
1.5.2- Influência no aquecimento global
1.6 – Estudo de caso a nível local
1.6.1 – Localização da área
1.6.2 – Levantamento da situação “problema”: razões apresentadas
1.6.3 – O que pesam os responsáveis
1.6.4 – Iniciativas que podem ser tomadas árvores
1.6.5 – Quantidades /espaçamento
1.6.6 – Custos
1.6.7 – Cuidados no tratamento
1.6.7 – Finalidades
1.7 – Incentivo das Políticas Públicas
1.8 – Perspectivas
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS

Obs.: Outra sugestão de sumário: Cadeia alimentar como base um ambiente para estudo como: banhados, arroios, etc.
Apresentação em seminário do trabalho realizado, utilizando as tecnologias existentes ( Power Point, Produção e Vídeo)



3.2.3 -Sugestão para o trabalho relativo às Políticas Públicas referente à segunda sérieEntrega até 15/09/2010.
1ª Folha constar:
- Capa com o nome da escola;
- Nome do educando;
- Título do trabalho;
- Nome dos professores orientadores;
- Localidade e ano.
2ª a folha constar:
Sumário com capítulos e seus subcapítulos numerados.

3ª folha:
Introdução constando na mesma: o tema do trabalho – local de onde foi realizado – destaque da idéia central do trabalho (problema – foco central com objetivos).
O método da pesquisa: se foi realizada a partir de leituras de textos de sala de aula, livros, entrevistas, jornais etc. As idéias resumidas de cada capítulo: (explicação de cada capítulo desenvolvido).
Destacar: na parte final de que este trabalho não tem por objetivo chegar à conclusão estabelecendo uma “verdade” e sim para aprofundar o conhecimento sobre determinado assunto.
4ª folha e outras
Corpo do trabalho ou desenvolvimento: É a parte central do trabalho (miolo). Deve-se argumentar relatar, destacar leituras e análises do tema em questão com objetividade e clareza. Percorre as etapas do trabalho proposta no sumário. Estas etapas são partes do todo. Devem ter uma seqüência com posição crítica e argumentativa para tornar clara a posição do autor.
Conclusão( em folha separada): parecer à apreciação resumida e clara com comentário do autor e síntese dos resultados obtidos fazendo um fecho das principais idéias. Pode-se fazer uma avaliação dos resultados. Os resultados não são definitivos, pois resultam de vários olhares e cada qual vê de acordo com o próprio ângulo da análise.
Referências bibliográficas(na ultima folha separada das demais).
Destacar as fontes bibliográficas pesquisadas. E as referências são alinhadas a margem esquerda do texto, em ordem alfabética ou numérica conforme ordem de citação no texto, em espaço simples e separadas entre si por um espaço duplo. O recurso tipográfico (negrito, grifo e itálico) utilizado para destacar titulo deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento.
Obs. Este trabalho quando puramente copiado deve seguir as normas explicitadas nas aulas seguindo orientação da ABNT.

3.3 -Terceira Série: Estudo de dois focos

FOCO 6: Alternativas de desenvolvimento e FOCO 7: Sistematização reflexiva do/sobre o processo realizado

Nestas etapas após toda a caminhada de reflexão, pesquisas e estudos realizados no decorrer dos processos anteriores, os educandos procurarão desenvolver um pequeno projeto alternativo, sistematizado.
O trabalho terá três capítulos: o primeiro que trata sobre a educação implantada na escola e a proposta desencadeada que gerou todo este processo de construção e reconstrução do saber ao longo dos dois anos e a relação com os sonhos idealizados pelos estudantes. Leva-se em conta a formulação das seguintes perguntas: Como o projeto escolar se insere no contexto da realidade de vida dos estudantes e comunidade? Ele propicia condições de reflexão e oportunidades para a busca de uma formação para o trabalho a ser desenvolvido futuramente e possíveis estudos em outras etapas do saber? Afinal o que foi interessante nos estudos interdisciplinares na formação do conhecimento?
Ainda neste capitulo deve estar presentes os aspectos de ordem local. Nova Ramada se insere numa região, Estado, País e Mundo. Como se constitui este espaço ocupacional? Que importância teve a independência político administrativa de nosso município através do processo de emancipação? Quais iniciativas foram desencadeadas em benefício da população, as carências existentes e potencialidades? Quais as formas de organização da população, o histórico das comunidades e sua importância no processo de desenvolvimento? Como viviam nossos antepassados? Quais as perspectivas para nosso município?
No segundo capítulo, se faz uma busca histórica da origem familiar desde os antepassados que vieram de outros países (a maioria da Europa), a chegada ao Brasil, no Rio Grande do Sul, a formação da comunidade em que cada um mora, descendências, árvore genealógica, a historia individual de vida e as perspectivas.
Estes dois capítulos são fundamentais para compreender que somos o resultado de uma construção histórica e temos a função de formar o sujeito social de intervenção. Pode ser parte da construção realizada nos trabalhos desenvolvidos na primeira série. Por isso a importância em anotar todo o desencadear, inclusive os referenciais das pesquisas para estarem presentes no trabalho final. Resumidamente: Através da Pesquisa Participante se detectou uma ou várias necessidades de realizar estudos conforme a demanda existente. Através dela busca se compreender como a escola estuda aspectos do conhecimento vinculados a realidade deste contexto. A partir de então com os conhecimentos adquiridos do município, suas potencialidades, e carências e da própria história de nossos antepassados na busca da sobrevivência, seus hábitos e costumes é então que no terceiro capítulo o educando com acompanhamento dos professores orientadores irá desenvolver uma pesquisa voltada a uma alternativa de desenvolvimento, estudo e análise da caso ou até uma temática de projeção pessoal para futuras etapas do conhecimento.

3..3.1 -Algumas Sugestões de Sumários para a Terceira Série

Exemplo nº 01

3-PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM UMA PROPRIEDADE RURAL: ALTERNATIVA DE RENDA NO MUNICÍPIO DE NOVA RAMADA/RS......................................................

3.1 – Histórico da propriedade rural familiar
3.2 - Levantamento das máquinas e equipamentos
3.3 - Tipos de prestação de serviços realizados
3.3.1 - Períodos de utilização das máquinas e equipamentos
3.3.2 - Horas trabalhadas
3.4 - Força de trabalho
3.4.1 – familiar
3.4.2 – Contratada
3.5 - Resultados financeiros
3.5.1 – Renda adquirida nos serviços prestados
3.5.2 – Custos na prestação dos serviços
3.5.2.1 – Variáveis
3.5.2.1.1- Mão-de-obra
3.5.2.1.2- Reformas e Revisões
3.5.2.1.3- Combustível, Lubrificantes e filtros
3.5.2.2 – Fixos
3.5.2.3- Depreciação
3.5.2.4- Juros
3.5.3 – Resultados obtidos
3.6 – Perspectivas da prestação de serviços como fonte de renda
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS
Exemplo nº 02

3 - SUINOCULTURA INTEGRADA: ALTERNATIVA DE RENDA À PROPRIEDADE RURAL EM NOVA RAMADA

3.1 – Pequeno histórico da suinocultura em Nova Ramada
3.1.1 – Localização da propriedade pesquisada chiqueiros
3.3-Genética
3.4 - Sistema de criação
3.4.1- Alimentação
3.5-Doenças mais comuns e métodos de preservação
3.5.1-Controle de endoparasitas
3.5.2-Controle de ectoparasitas
3.5.3-Uso de vacinas
3.6 -Programa de incentivo a suinocultura-Procrisu
3.7- Biodigestores
3.7.1-Biodigestor queima do gás
3.7.2-Biogestação de resíduos
3.7.3-Onde utilizar o biogás
3.6.4-Ciclo do carbono na natureza
3.8 -Controle de poluição ao meio ambiente
3.9 -Custos e benefícios
3.10 - O destino da carne suína brasileira
3.11-Contribuições das Políticas Públicas Municipais para a Suinocultura local
3.12 - Linhas de Créditos
3.13 -Mercado
3.14 - Perspectivas e importância da Suinocultura de Terminação
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS

Datas importantes a serem obedecidas no desenvolvimento do projeto da terceira série do Ensino Médio

Até 05 de março/2010 ocorre a escolha dos orientadores do projeto;
Até o dia 25 de março/2010 os educandos elaborarão esboço do sumário sugestivo;
06 de abril de 2010: Data da apresentação de sumário
Obs.
* Na escolha do tema verificar necessário para o desenvolvimento da pesquisa;
* O professor poderá orientar apenas dois educandos no máximo;
* Dos dois orientadores por educando um deles deve ser o primeiro orientador obrigatoriamente


CONCLUSÃO

O presente documento se inclui na proposta Política Pedagógica Escolar que tem como elemento base o processo de Pesquisa Participante. Esta teoria que se tornada prática desenvolve um conjunto de ações e saberes que são ressignificados a partir da ação-reflexão-ação na interação mediada pelos docentes numa análise construída e incorporada na realidade e prática de vida.
Esta concepção possibilita se apropriar de métodos de pesquisa através do diálogo entre um saber que já é conhecido e se cruza com a prática social. Esta é a base para o ponto de partida num contexto na qual se detecta um “problema” e através dele, com estudos críticos possibilita-se buscar alternativas possíveis de serem colocadas em prática.
Neste sentido esta proposta de educação parte da problemática concreta que um determinado grupo social e/ou os educandos vivem em seu contexto. Esta problemática não é homogênea nem estática. Está atravessada por contradições objetivas (trabalham sobre dados objetivos: objetos de materialização) e subjetivas (o interior de cada ser e a relação estabelecida-forma de expressão, linguagem, manifestações culturais e valores).
Os educadores desta escola juntamente com a comunidade escolar necessitam estar comprometidos em colocar em prática esta forma de construir a aprendizagem e tem como um dos educadores Paulo Freire, defensor e idealizador de uma metodologia de ensino baseada no dialogo crítico da realidade não como algo estático, mas em constante movimento e transformação.
Com isso precisamos refletir sobre a realidade, para estabelecer as razões às vezes inimagináveis das complexas situações de vida no presente contexto históricos e assim fazer uma leitura critica do meio em que vivenciamos. Não é demais lembrar que não podemos mais viver numa sociedade em que nossos estudos e pesquisas criem um descompasso entre o pesquisador e o investigado. As lógicas das ações e as realidades entre ambos mesmo sendo diferentes, não podem distanciar e descomprometer a busca de alternativas comuns frente aos novos paradigmas presentes no mundo globalizado.








REFERÊNCIAS

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Pesquisa Participante. São Paulo – SP: Brasiliense, 1999, 212 p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 12 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. 165 p.

GRASSI, Alcindo; BATEZINI, Eunir da Silva. Metodologia da Pesquisa. 28. ed. Ijuí/RS: Unijuí, 2003. 43 p. ( Cadernos Unijuí).

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